Ancord: Contas públicas vão colapsar em 2027 se nada mudar, diz presidente
As contas públicas irão entrar em colapso em 2027 caso não haja consenso entre os Três Poderes para o equilíbrio fiscal, apontou ao CNN Money Rafael Furlanetti, presidente da Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord) e sócio diretor institucional da XP.
Em entrevista nesta segunda-feira (2), o especialista ressaltou que agora é o momento de colaboração, sobretudo na revisão de incentivos fiscais.
“Todo mundo tem que dar sua contribuição: o Judiciário, Executivo, Legislativo. Está no momento de todo mundo abrir mão de parte para a construção de um todo”, disse.
O presidente da Ancord também apontou a importância da iniciativa privada contribuir com os esforços e não olhar apenas ao seu próprio setor.
“Se a economia for bem, vai todo mundo ganhar. O empresário, o Executivo e, principalmente, o cidadão brasileiro”.
Furlanetti afirmou esperar que a polêmica gerada após o governo aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seja um indutor no debate público sobre a necessidade de um Estado mais eficiente e que atenda a população.
O anúncio do governo no fim de maio criou forte reação contrária do mercado financeiro e do Legislativo — a ponto de algumas medidas serem revistas pela equipe econômica.
Para Furlanetti, esse movimento pode ter efeito benéfico por trazer novas propostas ao debate.
“Desse limão está se fazendo uma limonada na medida que outras soluções vão aparecendo, que o Congresso Nacional se mobiliza junto com o Executivo e tenta pautar reformas de curto, médio e longo prazo para o Brasil”.
Uma das propostas apontadas por Furlanetti foi a venda do excedente de petróleo como alternativa ao aumento de impostos.
“Não é nenhuma ‘maracutaia fiscal’, está só leiloando o excedente”, aponta, citando potencial de até R$ 20 bilhões em receita.
Contudo, pode ser que grandes mudanças fiquem para depois.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que eventuais ajustes no regime fiscal devem ocorrer após as eleições de 2026, independentemente de quem for eleito presidente, pois o contexto eleitoral torna inviável a aprovação de medidas que possam gerar conflitos no Congresso.
“A janela de oportunidade não é agora. Estamos na antevéspera de um processo eleitoral, e o Congresso não vai querer votar algo que seja de certa forma conflituoso”, afirmou.
Furlanetti disse que situações como essa podem ser solucionadas se a população levar a mensagem de mudança aos seus representantes.
Fonte das informações: CNNBRASIL
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