Secretário sancionado pelos EUA critica medida e defende Mais Médicos

O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, disse nesta quarta-feira (13) que a sanção do governo dos Estados Unidos que revogou seu visto é injusta.

A medida foi tomada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, pelo programa Mais Médicos, em que o governo federal brasileiro contratou cubanos para conseguir preencher vagas no SUS (Sistema Único de Saúde), entre 2013 e 2018, ser “um golpe diplomático inconcebível”.

Mozart foi um dos criadores do programa. Em uma publicação no Instagram, o secretário afirmou: “Essa sanção injusta não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS.”

Ele também acrescentou que os médicos cubanos já prestavam o atendimento a outros países por meio de medidas de cooperação internacional. “Diminuiu incontáveis dores, sofrimentos e mortes.”

Quem é Mozart Julio

Mozart é médico, servidor de carreira do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da UPE (Universidade de Pernambuco). Ele é doutor em saúde integral e exerceu o mandato de vereador do município do Recife no período de 2004 a 2008.

Mozart também ocupou o cargo de chefe de gabinete do ministro na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, onde ficou até 2010.

No Ministério da Saúde, exerceu diversos cargos: foi assessor do ministro da Saúde no período de 2003 a 2004, chefe de gabinete entre 2011 e 2012 e secretário Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde de fevereiro de 2012 a abril de 2014 – foi nesta época que o governo implantou o Mais Médicos.

*Publicado por Maria Clara Matos, com informações de Leonardo Ribbeiro