A câmara baixa do Parlamento da Polônia não conseguiu obter a maioria de três quintos necessária para derrubar o veto do presidente Karol Nawrocki ao Crypto-Asset Market Act, afastando ainda mais o país da regulamentação de seu setor de criptoativos em um momento em que parlamentares afirmam que a supervisão é cada vez mais urgente.
Como informou a Bloomberg nesta sexta-feira, a legislação, proposta pelo governo do primeiro-ministro Donald Tusk, tinha como objetivo alinhar a Polônia ao MiCA, o marco regulatório da União Europeia para os mercados cripto. O projeto foi apresentado em junho, mas não resistiu ao veto presidencial.
Nawrocki bloqueou a medida na semana passada, argumentando que ela “ameaçaria as liberdades dos poloneses, sua propriedade e a estabilidade do Estado”, conforme noticiado anteriormente pelo Cointelegraph.
Com a manutenção do veto, o projeto não avançará, obrigando o governo a reiniciar seu processo legislativo sobre cripto.
A proposta dividiu profundamente os parlamentares e a indústria cripto. Os defensores classificaram o projeto como uma prioridade de segurança nacional, afirmando que regras abrangentes são necessárias para reduzir fraudes e evitar o uso indevido de criptoativos por agentes estrangeiros, incluindo a Rússia, segundo a Bloomberg.
No entanto, vários grupos do setor se opuseram à legislação, alertando que suas exigências eram excessivamente pesadas e poderiam levar startups a deixar o país.
Os críticos apontaram regras rígidas de licenciamento, altos custos de conformidade e disposições de responsabilidade criminal para executivos de prestadores de serviços, argumentando que o projeto poderia sufocar a inovação e criar um ambiente de negócios pouco competitivo.
Adoção de cripto cresce na Polônia apesar da pausa regulatória
O uso de criptomoedas na Polônia continua acelerando mesmo enquanto o país adia uma regulamentação abrangente. A Chainalysis identificou recentemente a Polônia como uma das “grandes economias cripto” da Europa, observando que a atividade on-chain no país cresceu significativamente no último ano.
Segundo o relatório 2025 Europe Crypto Adoption, a Polônia registrou mais de 50% de crescimento anual no volume total de transações.
A Polônia ficou em oitavo lugar na Europa em valor total de criptomoedas recebido entre julho de 2024 e junho de 2025. Fonte: Chainalysis
Investidores poloneses também estão ampliando sua exposição ao Bitcoin (BTC), refletida no aumento expressivo das instalações de caixas eletrônicos de Bitcoin nos últimos anos. Em janeiro, o Cointelegraph informou que a Polônia havia se tornado o quinto maior hub de Bitcoin ATMs do mundo, ultrapassando até mesmo El Salvador, país que tornou o Bitcoin um elemento central de seu sistema monetário e financeiro.
O Bitcoin (BTC) está exibindo um importante sinal de fundo de mercado de baixa em US$ 87.000, enquanto análises indicam que a história do preço do BTC pode estar se repetindo.
Principais pontos:
O indicador RSI de velocidade do Bitcoin retorna a níveis vistos apenas em torno de fundos de mercado de baixa.
A ação do preço do BTC pode estar passando por um “grande reset cíclico”, dizem análises.
A razão long/short de cripto rompe um comportamento histórico enquanto o Bitcoin despenca.
Indicador RSI de velocidade vê um fundo de preço do BTC em formação
Em uma publicação no X nesta terça-feira, o analista On-Chain Mind destacou leituras raras de um dígito no indicador RSI de velocidade do Bitcoin.
As comparações com mercados de baixa anteriores do Bitcoin têm sido constantes nas últimas semanas, mas agora um dos principais indicadores de preço do BTC está sinalizando diretamente um fundo de mercado.
O RSI de velocidade, que leva em conta mudanças recentes no momentum de preço, mergulhou agora abaixo de 10/100, atingindo alguns dos níveis de “sobrevenda” mais extremos de sua história.
“ O indicador RSI de velocidade no gráfico de 3 dias acaba de atingir sua leitura mais baixa desde os fundos dos últimos 3 mercados de baixa”, disse On-Chain Mind.
Um gráfico complementar mostrou formações semelhantes ao final do mercado de baixa de 2018 do Bitcoin, assim como no meio de 2022, cerca de seis meses antes do último mercado de baixa ter encontrado seu piso de longo prazo.
“É um dos indicadores de exaustão de momentum mais confiáveis e amplamente acompanhados, e agora está sinalizando um nível que só vemos em grandes resets cíclicos”, acrescentou On-Chain Mind.
“Um sinal técnico interessante e que vale a pena acompanhar.”
Gráfico de três dias BTC/USD com dados do RSI de velocidade. Fonte: On-Chain Mind/X
Razão long/short do Bitcoin entra em território desconhecido
Dependendo da perspectiva, o comportamento atual do preço do BTC destoa de fases de baixa anteriores.
Nem todas as métricas clássicas de preço reagiram da mesma forma aos eventos recentes, incluindo agora a razão long/short do Bitcoin.
Joao Wedson, fundador e CEO da plataforma de análise cripto Alphractal, observou um fenômeno incomum ocorrendo nesta semana.
“Ao longo dos anos identificamos vários sinais fortes de Alpha no mercado cripto. Um dos mais confiáveis sempre foi este: quando a razão Long/Short do Bitcoin sobe acima da média das principais altcoins, isso historicamente aponta para a formação de um fundo de preço. Mas desta vez algo diferente aconteceu”, declarou ele aos seguidores no X.
“Pela primeira vez, o BTC manteve essa razão em níveis extremamente elevados por um período incomumente longo, e mesmo assim vimos falsos sinais de fundo ao longo de novembro, enquanto o preço continuava caindo.”
Dados da razão long/short de cripto. Fonte: Joao Wedson/X
Wedson explicou que as implicações disso podem prejudicar os touros. Traders excessivamente ansiosos para abrir posições long em BTC tentando “segurar a faca caindo” podem incentivar players de grande volume a liquidá-los empurrando o preço ainda mais para baixo.
Este artigo não contém aconselhamento ou recomendações de investimento. Toda movimentação de investimento e negociação envolve risco, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.
Os ETFs (fundos negociados em bolsa) de Bitcoin à vista encerraram um mês difícil de saques com uma recuperação modesta, registrando entradas líquidas de aproximadamente US$ 70 milhões na semana.
A reversão ocorre após quatro semanas consecutivas de fortes saídas de capital, que drenaram cerca de US$ 4,35 bilhões do setor e reduziram drasticamente o patrimônio líquido, segundo dados da SoSoValue. As maiores saídas semanais ocorreram nas semanas que terminaram em 7 e 21 de novembro de 2025, com US$ 1,22 bilhão saindo dos ETFs de Bitcoin à vista em cada uma delas.
Na sexta-feira, os fundos de Bitcoin (BTC) registraram entradas líquidas de aproximadamente US$ 71 milhões, elevando o total acumulado para quase US$ 57,7 bilhões desde o lançamento. O patrimônio líquido combinado aumentou para quase US$ 119,4 bilhões, cerca de 6,5% da capitalização de mercado do Bitcoin.
Durante o dia, o fundo IBIT da BlackRock registrou saídas diárias de US$ 113,7 milhões, mas esse valor foi compensado por fortes entradas em fundos concorrentes, liderados pelo FBTC da Fidelity, com US$ 77,5 milhões, e pelo ARKB da ARK 21Shares, com US$ 88 milhões.
Os ETFs de Bitcoin à vista atraíram US$ 76 milhões em entradas de capital na sexta-feira. Fonte: SoSoValue
Os ETFs spot de Ether (ETH) também apresentaram uma recuperação, registrando entradas líquidas semanais de US$ 312,6 milhões após três semanas consecutivas de fortes retiradas.
A recuperação ocorre após uma forte queda que drenou aproximadamente US$ 1,74 bilhão dos ETFs de Ether nas três semanas anteriores. A pior semana nesse período foi a que terminou em 14 de novembro de 2025, quando os investidores retiraram US$ 728,6 milhões.
Na sexta-feira, os ETFs de Ether registraram entradas de aproximadamente US$ 76,6 milhões, elevando o fluxo líquido acumulado para US$ 12,94 bilhões desde o lançamento. O total de ativos em ETFs de Ether negociados à vista nos EUA agora se aproxima de US$ 19,15 bilhões, o equivalente a cerca de 5,2% da capitalização de mercado do Ether.
Conforme relatado pelo Cointelegraph, o trader Mister Crypto afirmou que o Bitcoin pode ter formado um fundo de curto prazo, visto que o RSI está se aproximando de níveis de sobrevenda e grandes investidores reabrem posições compradas, aumentando as chances de uma recuperação em direção a US$ 100.000 a US$ 110.000.
A emissora da stablecoin Tether detém 116 toneladas de ouro físico, colocando-a no mesmo patamar de bancos centrais como os da Coreia do Sul, Hungria e Grécia.
A Tether é “a maior detentora de ouro fora dos bancos centrais”, escreveu a Jefferies em uma análise recente, segundo reportagem do Financial Times. O banco de investimento acrescentou que o crescente apetite da Tether por ouro pode estar desempenhando um papel maior na recente alta do metal do que se supunha anteriormente.
Segundo a Jefferies, as compras de ouro da Tether no último trimestre representaram quase 2% da demanda global total de ouro e quase 12% das compras dos bancos centrais. A empresa afirmou que a acumulação agressiva da Tether nos últimos dois meses “provavelmente apertou a oferta no curto prazo e influenciou o sentimento”, potencialmente impulsionando entradas especulativas no mercado de ouro.
Investidores citados pela Jefferies disseram que a Tether pretende adquirir outras 100 toneladas de ouro em 2025. Com a empresa supostamente a caminho de registrar um lucro de US$ 15 bilhões este ano, a meta parece totalmente viável, segundo o relatório.
Tether redobra a aposta na estratégia de ouro
A Tether também gastou mais de US$ 300 milhões neste ano comprando participações em produtoras de metais preciosos. Em junho, adquiriu 32% da empresa pública canadense de royalties de ouro Elemental Altus Royalties.
Em setembro, o FT informou que a Tether está explorando investimentos em toda a cadeia de suprimento do ouro, incluindo mineração, refino, negociação e empresas de royalties, como parte de um esforço mais amplo para diversificar suas reservas.
A Tether também emite o Tether Gold (XAUt), seu token lastreado em ouro lançado em 2020 e anunciado como apoiado por barras armazenadas em um cofre na Suíça. Dados on-chain mostram que a emissão de XAUt dobrou nos últimos seis meses, com a Tether adicionando 275.000 onças (cerca de US$ 1,1 bilhão) desde agosto.
Tether Gold tem uma capitalização de mercado de US$ 2,1 bilhões. Fonte: Tether Gold
A Jefferies afirmou que a Tether está apostando que o ouro tokenizado finalmente ganhará tração. O ouro físico é difícil de manter para investidores de varejo, futuros acarretam custos de rolagem e ETFs de ouro cobram taxas relativamente altas. A Tether argumenta que a tokenização resolve esses atritos.
Tether cada vez mais se assemelha a um banco central
Como reportado pelo Cointelegraph, as operações diárias da Tether espelham várias funções tradicionalmente associadas aos bancos centrais. Ela emite e resgata USDt (USDT) diretamente para clientes verificados, expandindo ou contraindo a oferta por meio de seu canal de mercado primário.
Também gerencia um grande portfólio de reservas dominado por títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, além de ouro e Bitcoin (BTC). A empresa gera uma receita parecida com a de banco central ao ganhar juros sobre esses títulos enquanto emite um token que não rende juros.
Além disso, a Tether utiliza ferramentas semelhantes a políticas monetárias, como congelar endereços mediante solicitação de autoridades e descontinuar blockchains para reduzir riscos.
A campanha demonstra o alto índice de fraudes financeiras no Brasil, que lidera o ranking latino-americano desse tipo de crime, segundo uma pesquisa recente.
Pesquisadores da Counter Threat Unit (CTU) da empresa britânica de cibersegurança Sophos alertam para uma nova campanha de malware que usa o WhatsApp como vetor de propagação automática no Brasil.
Identificado nos últimos dias, o vírus instala trojans bancários ao se espalhar por um programa malicioso com função de autorreplicação, desenvolvido em Python, que envia mensagens a todos os contatos da vítima via WhatsApp Web.
O malware se apresenta como um arquivo APK disfarçado de aplicativo legítimo, com nomes como “WhatsAppSpy”, e se replica ao acessar a sessão ativa do WhatsApp Web do usuário. A partir daí, o programa malicioso envia automaticamente links para download do mesmo arquivo infectado aos contatos da vítima, distribuindo trojans como o Eternidade Stealer, conhecido por roubar credenciais bancárias, cookies, dados pessoais e carteiras de criptomoedas.
Segundo os pesquisadores, a campanha combina engenharia social em português, automação via navegador e uso de plataformas legítimas para distribuição de arquivos, o que eleva a taxa de infecção. “O modelo de propagação reduz a barreira técnica e facilita ataques direcionados ao público brasileiro”, explicaram os analistas envolvidos na investigação.
O mecanismo de ataque incorpora scripts que monitoram a navegação, capturam teclas digitadas e tiram prints da tela, permitindo interceptar acessos a bancos, fintechs e carteiras de criptomoedas.
Golpes semelhantes já utilizaram engenharia social para induzir vítimas a abrir arquivos ZIP com scripts LNK ou BAT que executam malware via PowerShell, prática comum em trojans bancários brasileiros. A nova variante mantém esse padrão, mas adiciona a capacidade de autorreplicação automática com base em contatos do WhatsApp.
A infecção também pode afetar usuários que utilizam carteiras autocustodiais, já que qualquer transação realizada no dispositivo comprometido pode ser monitorada. Isso amplia o alcance do golpe, atingindo desde clientes de bancos tradicionais até investidores que utilizam carteiras autocustodiais para armazenar ou transacionar criptomoedas.
Entre os riscos secundários do golpe estão o comprometimento simultâneo de múltiplos dispositivos quando o mesmo WhatsApp Web é usado em computadores diferentes, além da possibilidade de transferência de fundos por meio da interceptação de tokens, códigos SMS e credenciais de autenticação.
Medidas de proteção a serem adotadas pelos usuários
Especialistas recomendam que os usuários evitem abrir arquivos ZIP, APKs ou links recebidos pelo WhatsApp, mesmo quando enviados por contatos conhecidos. Também é fundamental que os usuários utilizem aplicativos e antivírus atualizados, com autenticação em dois fatores ativada.
Em caso de suspeita de infecção, recomenda-se desconectar o dispositivo da internet, realizar uma varredura completa e alterar senhas de bancos e carteiras de criptomoedas a partir de outro dispositivo.
Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, o Brasil figura entre os países com maior risco de fraudes financeiras em um ranking global elaborado pela Sumsub, empresa global de verificação de identidade, em parceria com Statista, KPMG México e outras organizações.
O levantamento apontou que o Brasil ostenta o pior desempenho entre os países da América Latina, devido à adoção de diferentes ferramentas tecnológicas por parte dos golpistas e fraudadores.
A 21Shares, uma grande fornecedora de produtos negociados em bolsa (ETPs) de criptomoedas, está ampliando sua oferta na Europa com o lançamento de mais seis fundos na bolsa sueca Nasdaq Stockholm.
Na quinta-feira, a 21Shares anunciou a dupla listagem de seis produtos adicionais na Nasdaq Stockholm, incluindo ETPs para Aave (AAVE), Cardano (ADA), Chainlink (LINK), Polkadot (DOT) e dois produtos em formato de cesta de criptomoedas.
Com a expansão, a 21Shares passa a oferecer um total de 16 ETPs na Nasdaq Stockholm, o que representa apenas uma fração das diversas ofertas disponíveis em outras bolsas europeias, como SIX Swiss Exchange, Deutsche Börse Xetra, Euronext Amsterdam e mais.
Os novos lançamentos ocorreram um dia após a 21Shares lançar o ETF de Solana (SOL) na quarta-feira, somando-se a uma série de ETFs de SOL lançados recentemente.
21Shares administra US$ 8 bilhões em AUM
“Continuamos a observar uma forte demanda de investidores nórdicos que buscam acesso diversificado e econômico a ativos digitais por meio de bolsas reguladas”, afirmou Alistair Byas Perry, diretor de investimentos da 21Shares na União Europeia.
“Essa expansão nos permite oferecer um conjunto ainda mais amplo de ETPs de criptomoedas de ativo único e baseados em índices, dando a investidores de varejo e institucionais a capacidade de ajustar sua exposição a ativos digitais dentro de um ambiente confiável e transparente”, acrescentou.
Lista dos novos ETPs de criptomoedas da 21Shares lançados na Nasdaq Stockholm. Fonte: 21Shares
Com listagens em várias bolsas na Europa e nos Estados Unidos, a 21Shares é uma das maiores fornecedoras de ETPs de criptomoedas, administrando quase US$ 8 bilhões em ativos globalmente, o equivalente a cerca de 4% dos US$ 191,5 bilhões em ETFs de criptomoedas emitidos no mundo.
Segundo dados da CoinShares, aproximadamente metade do AUM da 21Shares está em ETFs de criptomoedas dos EUA, emitidos em parceria com a ARK Invest, de Cathie Wood.
Emissores de ETFs/ETPs de criptomoedas na Europa e nos EUA por fluxos no ano e AUM até segunda-feira. Fonte: CoinShares
Muitos, muitos ETFs de criptomoedas
A expansão de ETPs de criptomoedas pela 21Shares ocorre em meio a uma onda de novos fundos de cripto chegando ao mercado dos EUA, com os ETFs de XRP (XRP) estreando na bolsa Nasdaq na semana passada.
Após o lançamento do primeiro ETF de XRP spot pela Canary Capital, mais fundos de XRP devem estrear nos próximos dias, incluindo ETFs da Bitwise e da Grayscale, programados para serem lançados hoje e na segunda-feira, respectivamente.
Segundo o especialista em ETFs Nate Geraci, o XRP se tornou o sexto ativo a servir como base para um ETF de criptomoeda de ativo único nos EUA, depois de Bitcoin (BTC), Ether (ETH), Solana, Litecoin (LTC) e Hedera (HBAR)
Embora o otimismo em torno dos novos ETFs de criptomoedas nos EUA esteja aumentando, os ETFs de Bitcoin, os fundos de entrada para muitos investidores e que começaram a ser negociados em janeiro de 2024, têm enfrentado dificuldades recentemente.
Na terça-feira, o iShares Bitcoin ETF (IBIT), da BlackRock, registrou seu pior dia de saídas até agora, com mais de US$ 520 milhões deixando o fundo, segundo Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg.
Após quatro semanas consecutivas de saídas, os fluxos acumulados no ano dos ETFs de Bitcoin caíram para US$ 27,4 bilhões, cerca de 30% abaixo do total do ano passado, de US$ 41,7 bilhões, de acordo com dados da CoinShares.
As iniciativas do Brasil são corporativas e municipais, não soberanas.
Os ETFs spot da B3 e os futuros reduzidos de 0,01 BTC permitem que tesoureiros ganhem, dimensionem e façam hedge de exposição usando ferramentas já familiares.
Os novos padrões para VASPs (licenciamento, AML/CFT, governança e segurança), válidos a partir de fevereiro de 2026, reduzem a incerteza operacional.
Sequência-chave: criar regras → listar produtos simples de acesso → adicionar ferramentas de hedge → aplicar requisitos de divulgação.
O que realmente está acontecendo no Brasil?
Para deixar claro: a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil não estão adicionando Bitcoin às reservas soberanas do país. Também não existe qualquer lei exigindo que órgãos públicos ou estatais mantenham Bitcoin (BTC).
O que está acontecendo, em vez disso, é um conjunto fragmentado de iniciativas municipais, empresas listadas e novas infraestruturas de mercado entrando em operação:
Em 2022, o prefeito do Rio de Janeiro sugeriu alocar 1% das reservas da cidade em cripto, o que trouxe as tesourarias municipais para o debate.
No setor corporativo, a Méliuz adotou uma estratégia de tesouraria em Bitcoin em 2025, obteve aprovação dos acionistas para ampliá-la e levantou cerca de 180 milhões de reais (aproximadamente US$ 32,4 milhões) para comprar BTC.
A exposição no mercado público também está crescendo. Em outubro de 2025, a OranjeBTC foi listada na B3 com milhares de BTC em seu balanço.
Nas seções a seguir, explicaremos os “o quê”, os “porquês” e os riscos envolvidos.
O Brasil está firmemente entre os líderes em adoção cripto em 2025
Você sabia? A B3 (sigla para Brasil, Bolsa, Balcão) é a principal bolsa de valores do país, formada em 2017 pela fusão das bolsas de valores, de futuros e de mercadorias de São Paulo. É uma das maiores infraestruturas de mercado do mundo e a primeira na América Latina a listar um ETF de Bitcoin spot.
O que o Brasil construiu até agora?
O Brasil passou os últimos anos criando formas reguladas e familiares de acessar o Bitcoin.
Em 2021, a B3 listou o primeiro ETF de Bitcoin spot da América Latina (o QBTC11, da QR Asset), oferecendo às instituições um instrumento auditável sem exigir autocustódia desde o primeiro dia. Derivativos vieram depois.
Em meados de 2025, a B3 reduziu o tamanho do contrato futuro de Bitcoin de 0,1 BTC para 0,01 BTC para ampliar a participação e melhorar a proteção (hedge). A mudança foi implementada formalmente em 16 de junho de 2025, por circular e aviso público.
A inovação em produtos acompanhou esse ritmo. Gestoras lançaram fundos híbridos que combinam Bitcoin e ouro na B3, mostrando que reguladores e a bolsa estão confortáveis em hospedar produtos ligados a cripto nos mercados públicos.
O conjunto de regras está amadurecendo junto com os produtos. Em novembro de 2025, o Banco Central publicou padrões detalhados para VASPs, cobrindo licenciamento, AML/CFT, governança, segurança e proteção ao consumidor, com aplicação a partir de fevereiro de 2026.
Para tesoureiros, isso reduz a incerteza operacional ao usar ETFs, futuros e intermediários regulados.
Por que os tesoureiros brasileiros estão fazendo isso
As equipes de tesouraria buscam suavizar resultados e proteger poder de compra em um mercado onde o real pode oscilar fortemente por decisões de política e choques externos.
Uma pequena alocação em Bitcoin, mantida por instrumentos auditados, adiciona um hedge líquido e não soberano ao lado de dólares e títulos locais, sem exigir novas operações de custódia.
Também se trata de usar canais familiares. ETFs spot e futuros listados na B3 permitem que tesoureiros dimensionem, rebalanceiem e façam hedge dentro das mesmas rotinas de governança e auditoria aplicadas a outros ativos. O contrato futuro reduzido para 0,01 BTC torna o hedge mais preciso e barato na escala de tesouraria.
Agora existe um modelo de governança. A Méliuz mostrou a sequência que os conselhos desejam ver: aprovação dos acionistas → divulgação clara → execução → capital adicional para ampliar a posição. Isso reduz risco de carreira para outros diretores financeiros que avaliam uma alocação piloto.
O acesso importa para quem não pode manter cripto diretamente. A listagem da OranjeBTC na B3 fornece exposição acionária a uma grande posição de BTC em balanço, permitindo que instituições participem via veículo listado mantendo-se dentro do mandato.
Por fim, a trajetória regulatória reduz a incerteza operacional. Com os padrões de VASP do Banco Central, que cobrem licenciamento, AML/CFT, governança e segurança, entrando em vigor em fevereiro de 2026, tesoureiros podem contar com intermediários licenciados e controles documentados, em vez de infraestrutura cripto feita sob medida.
Você sabia? Um ETF de Bitcoin spot é um fundo que detém Bitcoin real e permite que você compre cotas desse Bitcoin em uma bolsa de valores, como qualquer outro ETF. Ele oferece exposição ao preço, liquidez diária e custódia auditada sem a necessidade de gerenciar sua própria carteira ou chaves, motivo pelo qual tesoureiros e instituições frequentemente o preferem em vez de manter moedas diretamente.
Os riscos e como o Brasil está lidando com eles
O Brasil conhece os riscos e está reforçando seu manual de atuação.
Volatilidade de mercado: O Bitcoin pode oscilar fortemente, então tesoureiros que optam pela exposição costumam limitar o tamanho das posições, definir regras de rebalanceamento e usar instrumentos de hedge listados. Os futuros menores de 0,01 BTC da B3, em vigor desde 16 de junho de 2025, facilitam a proteção contra lucros, perdas e choques de liquidez com maior precisão.
Risco operacional e de contraparte: Autocustódia, exposição a exchanges e segurança de fornecedores não são desafios simples. Os novos padrões para VASPs do Banco Central aproximam os intermediários cripto das normas do sistema financeiro tradicional.
Clareza legal e de fiscalização: Promotores e reguladores precisam de ferramentas previsíveis quando cripto se cruza com casos criminais. Um novo projeto de lei permitirá que instituições financeiras liquidem cripto apreendida, alinhando o tratamento ao de câmbio e valores mobiliários e reduzindo áreas cinzentas na aplicação da lei.
Percepção pública e divulgação: “Tesouraria em Bitcoin” continua sendo um tema politicamente sensível. Caminhos listados na bolsa obrigam empresas a relatórios auditados e divulgação contínua sobre exposição, custódia e risco. Essa transparência ajuda conselhos e reguladores a ganharem confiança conforme o mercado amadurece.
Como o Brasil se compara: caminhos de tesouraria em BTC
Caminhos de tesouraria em BTC nas diferentes regiões
O que outras nações podem aprender
Lembre-se: o Brasil criou regras. O Banco Central definiu critérios claros para quando conversões cripto-fiat são tratadas como câmbio e elevou os padrões para VASPs em AML/CFT, governança, segurança e proteção ao consumidor.
Lance produtos simples de acesso logo no início. O QBTC11 e outros ETFs foram lançados em 2021, oferecendo às instituições um instrumento auditado e familiar, sem obrigá-las a construir operações de custódia do zero. Com um ETF, tesoureiros conseguem dimensionar a exposição dentro dos mandatos existentes.
Adicione ferramentas de hedge para os gestores de risco. Em junho de 2025, a B3 reduziu o tamanho do contrato futuro de Bitcoin para 0,01 BTC. Contratos menores tornam os hedges mais baratos e precisos, permitindo que conselhos aprovem seu uso e equipes de tesouraria gerenciem VaR e drawdowns com mais controle.
Incentive normas de divulgação por meio de veículos listados. Empresas listadas com tesouraria em Bitcoin, como Méliuz e OranjeBTC, criam referências para auditorias, processos de conselho, políticas de impairment e ritmo de divulgação. Esses casos se tornam modelos para outros seguirem.
Faça pilotos abaixo do nível federal. Projetos pilotos em cidades ou agências expõem cedo questões políticas e contábeis. O sinal de 1% do Rio de Janeiro em 2022 mostrou como a percepção pública rapidamente vira o centro do debate e por que mandatos e limites de risco precisam estar claros.
A sequência é direta: criar o conjunto de regras, introduzir produtos simples de acesso, reduzir derivativos para apoiar hedges e permitir que padrões de divulgação amadureçam nos mercados públicos. Só então a discussão sobre colocar BTC na tesouraria se torna realmente significativa.
A comunidade cripto no X tem sido dominada por figuras importantes que defendem a adoção do Zcash, à medida que a privacidade se torna cada vez mais ameaçada por governos e reguladores.
Enquanto os gêmeos Winklevoss, Naval Ravikant e Balaji Srinivasan apoiam a adoção do Zcash (ZEC), seu sucesso pode incentivar o ecossistema do Bitcoin a buscar mais recursos de privacidade revisitando a reativação do OP_CAT, segundo Eli Ben-Sasson, fundador da StarkWare e matemático renomado que ajudou a desenvolver as provas de conhecimento zero.
Zcash foi inspirado no Bitcoin
Em 2014, Ben-Sasson e seus coautores publicaram “Zerocash: Decentralized Anonymous Payments from Bitcoin”.
O white paper foi o resultado de seis anos de trabalho teórico. Desde 2008, Ben-Sasson e seus colaboradores vinham trabalhando em tecnologia de prova de conhecimento zero de uso geral. Embora não tivessem um caso de uso, sabiam que a tecnologia era extremamente poderosa.
Zcash has been trending on Crypto Twitter for months.
Not many know the backstory behind the biggest cryptocurrency in the privacy space.
We’re chatting to @EliBenSasson about the history of @Zcash and the ZK tech behind it.
“Nós sabíamos que as provas de conhecimento zero resolvem dois problemas: escalabilidade e privacidade. Elas oferecem integridade. Basicamente, conseguem convencer você de que a coisa certa foi feita, mesmo quando você não está olhando e mesmo quando não vê todos os detalhes,” disse Ben-Sasson ao Cointelegraph no programa Chain Reaction, transmitido ao vivo no X.
Tudo mudou em 2013, quando Ben-Sasson fez uma apresentação sobre ZK em uma das primeiras edições da conferência de Bitcoin.
“Eu desci do palco e vários OGs influentes do Bitcoin, como Greg Maxwell e Mike Hearn, vieram perguntar: ‘OK, onde está a tecnologia? Quando podemos usar o código?’ E eu perguntei: ‘Por que vocês precisam disso?’”
Esses primeiros desenvolvedores e defensores do Bitcoin (BTC) descreveram várias maneiras pelas quais o Bitcoin poderia se beneficiar da nova metodologia. De repente, as ZK-proofs tinham encontrado seu caso de uso ideal.
“Então trabalhamos diligentemente para publicar algo que mostrasse como essa tecnologia pode resolver um dos problemas mais importantes das blockchains, que é o fato de que, quando você faz uma transação em Bitcoin, todos podem ver o valor e basicamente descobrir quem pagou quem e quanto.”
Essa transparência, embora intencional, significa que há um elemento inevitável de exposição ao usar Bitcoin. As ZK-proofs oferecem uma solução, mas o código do Bitcoin não permite sua inclusão devido a uma decisão tomada por Satoshi Nakamoto muitos anos atrás.
Por que o OP_CAT é a chave para a privacidade no Bitcoin
Ben-Sasson afirmou que o Bitcoin ainda pode ter privacidade nativa e escalabilidade infinita se os desenvolvedores concordarem em restaurar o OP_CAT, um opcode da era Satoshi que o criador do Bitcoin desativou em 2010.
Ele também observou que o ressurgimento do Zcash em 2025 pode atuar como um possível catalisador para a busca de privacidade no Bitcoin.
There have been whispers of Bitcoin hodlers swapping BTC for Zcash 🤔🔏
Why? Because some Bitcoiners want to be able to transact with more privacy.
BUT Bitcoin can still have NATIVE privacy and scale. @EliBenSasson explains how ZK-proofs and OP_CAT hold the key 🗝️👇
“Espero que uma das consequências disso seja que a comunidade Bitcoin se torne mais aberta a coisas como OP_CAT e OP_STARK, para que possa ter segurança pós-quântica, privacidade, escala e programabilidade para esse belo ativo duro que é o Bitcoin,” disse Ben-Sasson.
“A tecnologia está pronta. Tudo o que você precisa é de um soft fork que adiciona nove linhas de código, que o próprio Satoshi introduziu. Chama-se OP_CAT. É muito, muito simples. Se houver vontade, há um caminho. Neste caso, é um caminho muito simples para dar todas essas vantagens ao próprio Bitcoin.”
Figuras influentes do Bitcoin nas redes sociais têm evitado o debate sobre o Zcash, e ainda não houve uma discussão real sobre maneiras de melhorar a privacidade ao usar Bitcoin para pagamentos.
O Cointelegraph também conversou exclusivamente com os cofundadores da Gemini, Cameron e Tyler Winklevoss, na Bitcoin Amsterdam, que explicaram sua crença no potencial do Zcash para complementar o Bitcoin.
Os gêmeos chamaram atenção após anunciarem o lançamento da Cypherpunk Technologies, uma empresa de tesouraria baseada em ZEC, após a aquisição e rebranding da Leap Therapeutics, listada na Nasdaq, em novembro.
As principais instituições financeiras continuam explorando a tecnologia blockchain para viabilizar pagamentos institucionais mais baratos e rápidos, sinalizando um interesse crescente em soluções de tokenização.
O banco de investimento norte-americano JPMorgan e o grupo bancário multinacional de Singapura DBS anunciaram na terça-feira que estão desenvolvendo uma estrutura de tokenização baseada em blockchain para permitir transferências on-chain entre seus ecossistemas de tokens de depósito. O objetivo é estabelecer um novo padrão para pagamentos digitais interbancários.
A estrutura de tokenização permitirá que as duas instituições financeiras realizem pagamentos instantâneos e contínuos, tanto em redes públicas quanto permissionadas, oferecendo a seus clientes institucionais maior acesso a transações interbancárias on-chain.
De acordo com o DBS, o novo modelo permitirá que os clientes institucionais de ambos os bancos troquem ou resgatem depósitos tokenizados e realizem pagamentos transfronteiriços em tempo real em redes públicas e permissionadas de blockchain. O sistema foi projetado para operar 24 horas por dia, sete dias por semana, oferecendo o que o DBS chamou de “disponibilidade ininterrupta”.
O novo modelo de interoperabilidade surge em um momento de interesse institucional crescente por soluções financeiras tokenizadas, que fazem parte do setor de ativos do mundo real tokenizados (RWA), com o objetivo de trazer ativos financeiros e tangíveis para a blockchain e ampliar o acesso dos investidores.
Segundo uma pesquisa de 2024 do Banco de Compensações Internacionais (BIS), pelo menos um terço dos bancos comerciais pesquisados já lançou, testou ou estuda depósitos tokenizados.
Instituições financeiras estão explorando depósitos tokenizados. Fonte: bis.org
Bancos buscam interoperabilidade nas finanças tokenizadas
Alguns dos maiores bancos suíços, incluindo UBS, PostFinance e Sygnum Bank, também estão explorando pagamentos interbancários baseados em blockchain.
Em 16 de setembro, essas instituições concluíram o primeiro pagamento juridicamente vinculativo realizado por meio de blockchain, comprovando a eficácia da tecnologia para depósitos bancários e pagamentos institucionais.
Criar uma estrutura interoperável continua sendo essencial para reduzir a fragmentação nas transferências internacionais tokenizadas, segundo Rachel Chew, diretora de operações do grupo e chefe de moedas digitais e serviços de transações globais do DBS Bank.
“Nossa colaboração com a Kinexys, da J.P. Morgan, para desenvolver uma estrutura de interoperabilidade é, portanto, um marco significativo para o movimento internacional de dinheiro”, disse Chew, acrescentando que pagamentos instantâneos e contínuos oferecerão às empresas mais “opcionalidade, agilidade e velocidade para lidar com as incertezas globais e aproveitar novas oportunidades.”
O novo framework foi anunciado duas semanas após o JPMorgan realizar a primeira transação em sua futura plataforma de tokenização, a Kinexys Fund Flow, conforme relatado pelo Cointelegraph em 30 de outubro.
O banco de investimento planeja lançar a plataforma em 2026, com a intenção de tokenizar novos tipos de ativos, incluindo crédito privado e imóveis.
O JPMorgan e o DBS também estão entre os principais apoiadores da Patrior, uma rede de liquidação e plataforma de pagamentos baseada em blockchain, que levantou US$ 60 milhões em julho de 2024.
O cofundador da BitMEX, Arthur Hayes, revelou que o Zcash (ZEC) agora é a segunda maior posição do portfólio de seu family office, o Maelstrom, atrás apenas do Bitcoin (BTC).
“Devido à rápida valorização no preço, o ZEC agora é a segunda maior posição líquida do portfólio do MaelstromFund, atrás apenas do BTC”, escreveu ele em uma postagem no X na sexta-feira.
A revelação ocorre em meio a uma forte alta do Zcash, que subiu de uma mínima de US$ 137 para mais de US$ 730 no último mês — um aumento superior a 400%.
Outras moedas de privacidade também registraram ganhos expressivos na semana, com Dash (DASH), Decred (DCR) e ZKsync (ZK) subindo mais de 100%. Já criptomoedas de maior capitalização, como Bitcoin (BTC) e Ether (ETH), permaneceram lateralizadas em meio à incerteza macroeconômica.
Zcash cai 12% após forte rali
No momento da publicação, o ZEC é negociado a US$ 548, com queda de cerca de 11,8% nas últimas 24 horas e valor de mercado de US$ 8,9 bilhões, segundo o CoinMarketCap. A atividade de negociação segue elevada, com volume diário em alta de 139%, atingindo US$ 4,63 bilhões.
ZEC cai após forte alta. Fonte: CoinMarketCap
O fornecimento circulante do Zcash é de 16,28 milhões de ZEC, com limite máximo de 21 milhões. Sua capitalização totalmente diluída (FDV) está em torno de US$ 11,5 bilhões.
O modelo híbrido do Zcash, que oferece suporte a transações transparentes e protegidas, tornou-o uma opção mais atraente. Assim como o Bitcoin, ele tem oferta fixa de 21 milhões de moedas e é protegido por um mecanismo de prova de trabalho (PoW).
Retorno do Zcash impulsionado por movimento de base pró-privacidade
Alex Bornstein, diretor executivo da Zcash Foundation, afirmou que o recente ressurgimento do Zcash foi totalmente orgânico, impulsionado pela crescente preocupação pública com a vigilância governamental e o controle de dados. Em entrevista ao programa Chain Reaction, do Cointelegraph, Bornstein observou que o novo interesse reflete uma “narrativa poderosa” em torno da privacidade digital e da autonomia financeira.
Bornstein esclareceu que a Zcash Foundation, uma organização sem fins lucrativos registrada nos EUA, “não teve absolutamente nada a ver” com a onda de atenção renovada ao ZEC. “Ficamos surpresos quando essas menções começaram a surgir. E ver essa onda se espalhar e atingir esse nível foi extraordinário”, disse ele.
O Ether consolidou em torno de US$ 4.000, enquanto a falta de demanda por futuros e os fracos fluxos dos ETFs indicam ausência de otimismo.
A queda nas taxas e na atividade da rede Ethereum sugere menor demanda on-chain.
Analistas alertam para uma possível queda a US$ 3.500 se o suporte em US$ 4.000 não for recuperado em breve.
O Ether (ETH) tem oscilado em torno de US$ 4.000 nas últimas duas semanas, um período de consolidação após a queda relâmpago abaixo de US$ 3.500 em 11 de outubro.
Os traders de Ether agora avaliam a probabilidade de um novo impulso de alta após o Federal Reserve dos Estados Unidos confirmar um corte de juros de 0,25% e o fim do aperto quantitativo (QT).
Gráfico de quatro horas ETH/USD. Fonte: Cointelegraph/TradingView
Preço do Ether carece de sentimento de alta consistente
Os futuros de Ether estão sendo negociados com um prêmio de 5% em relação ao mercado spot, refletindo baixa demanda de compradores alavancados.
Em condições neutras de mercado, os prêmios de futuros normalmente variam entre 5% e 10% para compensar o período mais longo de liquidação. O mais preocupante é que, mesmo após a recente recuperação para US$ 4.250, o sentimento de alta não foi sustentado entre os traders.
Futuros anualizados de Ether, base móvel de três meses. Fonte: Glassnode
A tendência de baixa nos futuros de Ether coincidiu com saídas dos ETFs de Ethereum spot nos Estados Unidos, dominantes desde meados de outubro.
Os US$ 380 milhões em entradas líquidas de ETFs na segunda e terça-feira fizeram pouco para gerar impulso de alta, deixando os traders em dúvida se a meta de US$ 10.000 para o ETH ainda é realista neste ciclo.
Fluxos líquidos diários dos ETFs de Ethereum spot dos EUA, em USD. Fonte: SoSoValue
A incapacidade do Ether de se manter acima de US$ 4.000 também pode ser atribuída à queda nas taxas da rede Ethereum, embora esse problema tenha afetado todo o mercado de criptomoedas.
Ranking de blockchains por taxas de sete dias, em USD. Fonte: Nansen
As taxas na blockchain do Ethereum totalizaram US$ 5 milhões nos últimos sete dias, uma queda de 16% em relação à semana anterior. Em comparação, as taxas na BNB Chain caíram 30%, e a Tron registrou queda de 16%. O número de endereços ativos na camada base do Ethereum caiu 4% no mesmo período, enquanto a Tron teve um aumento superior a 100%.
“Armadilha de baixa clássica” ou queda mais profunda para o ETH?
Dados do Cointelegraph Markets Pro e do TradingView mostram que o preço do Ether está formando o terceiro candle vermelho consecutivo no gráfico diário.
Diversas tentativas de recuperação foram rejeitadas na resistência de US$ 4.000, levando traders a questionarem se o movimento de alta do Ether terminou ou se a altcoin passa por uma correção técnica.
“O $ETH perdeu novamente o suporte de US$ 4.000”, disse o analista Ted Pillows em uma publicação no X na quinta-feira.
Pillows destacou que, apesar do “corte de juros de 0,25% pelo Fed, do fim do QT em um mês e das negociações comerciais entre EUA e China” nas últimas 24 horas, o Ethereum continua em queda.
Um gráfico compartilhado mostra que a próxima linha de defesa do ETH está em US$ 3.800, e perdê-la pode desencadear uma nova onda de vendas, primeiro na faixa de US$ 3.500 a US$ 3.700 e, depois, no mínimo de US$ 3.354 atingido em 3 de agosto.
Por outro lado, recuperar US$ 4.000 reforçaria a confiança dos touros, que voltariam a mirar as resistências em US$ 4.200 e US$ 4.500 antes de buscar novas máximas acima de US$ 5.000.
Ted Pillows escreveu:
“Ou isso é uma armadilha de baixa clássica, ou o mercado cripto está prestes a cair muito mais.”
Gráfico diário ETH/USD. Fonte: Ted Pillows
O analista FibonacciTrading afirmou que “uma queda para US$ 3.300 ainda seria um recuo saudável dentro da tendência de alta, sustentado pela nuvem da EMA”, conforme mostra o gráfico semanal abaixo.
“Será uma verdadeira demonstração de força se os touros conseguirem defender esse suporte e preparar o próximo ataque à resistência.”
Gráfico semanal ETH/USD. Fonte: FibonacciTrading
Para o analista pseudônimo Cactus, a perspectiva de alta do Ether segue intacta, com um “forte quarto trimestre ainda em jogo”, desde que os touros mantenham a região de suporte entre US$ 3.800 e US$ 4.200.
Como o Cointelegraph relatou, os touros precisam elevar o preço acima da média móvel simples de 50 dias, em US$ 4.200, para sinalizar força e confirmar o início da próxima etapa do movimento de alta.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento ou negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de decidir.
Empresas de capital aberto estão cada vez mais se rebatizando como tesourarias de Bitcoin (BTC), com participações que agora se aproximam de 1,05 milhão de BTC.
Empresas privadas também aderiram, adicionando mais 279.185 BTC em pelo menos 68 companhias, elevando o total para 1,33 milhão, cerca de 6,3% do suprimento de Bitcoin. A questão agora é se essas reservas permanecerão ociosas ou serão colocadas em uso.
Willem Schroé, fundador e CEO da rede de rendimento em Bitcoin Botanix Labs, acredita que muitas não ficarão paradas.
“Há muitas pessoas e muitas empresas privadas que detêm Bitcoin e estão explorando oportunidades de empréstimo e rendimento em Bitcoin”, disse ele ao Cointelegraph.
Pelo menos 273 empresas públicas e privadas já reportaram investimentos em Bitcoin. Fonte: BitcoinTreasuries.NET
Schroé teve seu primeiro contato com o Bitcoin durante seus estudos de criptografia na Bélgica, onde pesquisou criptografia autenticada ao lado de alguns dos primeiros colaboradores do Bitcoin. Mais tarde, frequentou a Harvard Business School, onde fundou a Botanix Labs, uma sidechain de rendimento em Bitcoin projetada para transformar o Bitcoin de uma reserva de valor passiva em um sistema financeiro utilizável.
“A única coisa que todo bitcoiner quer, quando você entende toda a visão do Bitcoin, é mais Bitcoin.”
Transformando o Bitcoin corporativo em capital de giro
Os fundos negociados em bolsa de Bitcoin spot (ETFs) detêm ainda mais Bitcoin do que o total agregado de empresas privadas e públicas, com quase 1,7 milhão de BTC. Mas seu formato regulatório não permite colocar esse Bitcoin para gerar rendimento.
“Eles usam um custodiante como a Coinbase ou a Anchorage, então não possuem as chaves nem a propriedade real”, disse Schroé. “O segundo ponto é a regulamentação, se você é um detentor de ETF, não tem permissão para fazer isso.”
A limitação decorre da forma como os ETFs de Bitcoin spot são estruturados sob a legislação de valores mobiliários dos EUA. Eles são registrados como trusts de commodities passivos segundo o Securities Act de 1933 e listados conforme o Exchange Act de 1934, uma estrutura que lhes permite acompanhar o preço do Bitcoin, mas não utilizá-lo ativamente. Por definição, seus registros proíbem o empréstimo, o staking ou a re-hipoteca dos ativos, a fim de manter a conformidade como veículos passivos e não como companhias de investimento registradas.
O IBIT da BlackRock detém a maior quantidade de Bitcoin entre os ETFs. Fonte: SoSoValue
Cada prospecto de ETF de Bitcoin spot deixa isso claro. O registro do iShares Bitcoin Trust da BlackRock, o maior entre eles, com 804.944 BTC, afirma: “O Trust, o Patrocinador e os prestadores de serviço do Trust não emprestarão, empenharão ou re-hipotecarão os ativos do Trust, nem os ativos do Trust servirão como garantia para qualquer empréstimo ou acordo semelhante, exceto no que diz respeito à quitação de Créditos Comerciais.”
Algumas tesourarias de ativos digitais já estão experimentando estratégias de rendimento. Na Solana, a DeFi Development Corp (DFDV) faz staking de suas participações, opera validadores e participa de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) para expandir seu saldo de tokens ao longo do tempo.
Abordagens semelhantes estão surgindo em outras redes, e iniciativas nativas de Bitcoin como a Botanix buscam replicar esse modelo para o Bitcoin, permitindo que os detentores obtenham rendimento mantendo o controle de suas moedas.
No entanto, rendimento em Bitcoin é um tema delicado. Tentativas anteriores de credores centralizados como Celsius e BlockFi colapsaram devido a alavancagem ou risco de contraparte. Esse histórico faz com que muitos no setor encarem com cautela as narrativas de rendimento, especialmente quando elas borram a linha entre inovação financeira e re-hipoteca especulativa.
“Essa é a natureza do crescimento de qualquer produto”, disse Schroé. “As primeiras ideias e experimentações vão acontecer, mas acho que já amadurecemos além dessa fase.”
“Protocolos como Aave e Dolomite agora possuem bilhões de dólares e um histórico de quatro a cinco anos. Eles resistiram a esses ciclos, e o mercado está se tornando mais seguro.”
Construindo a camada financeira do Bitcoin
Schroé quer transformar o Bitcoin em algo mais do que ouro digital. Com a Botanix Labs, ele está criando um sistema baseado em sidechain que permite aos usuários obter rendimento sobre seus Bitcoins sem abrir mão da custódia.
No centro dessa ideia está uma nova forma de pensar sobre a origem do rendimento. Em modelos fracassados como o da Celsius, os usuários depositavam Bitcoin em plataformas centralizadas que assumiam o controle dos fundos, os emprestavam para fundos de hedge e contrapartes e prometiam altos retornos. O sistema dependia de alavancagem off-chain e empréstimos opacos, que funcionavam até o colapso do mercado.
A Botanix opera como um protocolo não custodial. Os usuários fazem staking de seus Bitcoins em contratos inteligentes na sidechain da Botanix e recebem em troca um token de BTC que gera rendimento. A diferença também se estende à origem desse rendimento.
Atualmente, a Botanix oferece uma taxa percentual anual (APR) de 3,46% sobre 100 BTC em staking distribuídos entre 13.144 carteiras. Fonte: Botanix
A Botanix vincula o rendimento ao próprio uso da rede, de forma semelhante às recompensas de staking da Ethereum, em que as transações na blockchain financiam os retornos. O modelo ainda envolve riscos comuns a protocolos DeFi emergentes, como explorações ou falhas em contratos inteligentes e pontes.
“Acho que o Bitcoin venceu como dinheiro”, disse Schroé. “O próximo passo é um sistema financeiro, um meio de troca.”
A divisão no código do Bitcoin e a adoção corporativa
A crescente popularidade de empréstimos e rendimentos lastreados em Bitcoin mostra que a primeira criptomoeda baseada em blockchain do mundo está evoluindo além do armazenamento e da especulação, em direção a uma economia funcional.
Para Schroé, o objetivo não é imitar as estratégias das finanças tradicionais, mas construir um sistema financeiro nativo do Bitcoin. A Botanix utiliza um ambiente compatível com a Máquina Virtual Ethereum (EVM), em que as taxas de gas e as garantias são pagas em BTC, permitindo empréstimos, financiamentos e fornecimento de liquidez diretamente em uma rede vinculada ao Bitcoin.
Essa ambição está no centro de uma das divisões filosóficas mais antigas do Bitcoin. Desenvolvedores como Schroé veem a utilidade como a próxima evolução lógica da rede. Os puristas do Bitcoin a consideram uma distração que pode trazer o mesmo tipo de contágio que derrubou a DeFi e os credores centralizados em 2022.
Schroé disse ao Cointelegraph que essa tensão é um sinal da resiliência do Bitcoin. Ele apontou para a recente divisão entre os desenvolvedores do Bitcoin Core e do Knots, que entraram em conflito sobre políticas de filtragem e governança.
“Acho que o Bitcoin Core ainda deve ouvir o mercado, ainda deve ouvir os bitcoiners”, afirmou. “Não existe isso de o Bitcoin Core estar totalmente no controle.”
Essa divisão ilustra como o Bitcoin continua a evoluir, tanto em seu código quanto em suas aplicações. Enquanto os desenvolvedores debatem sobre governança e pureza, empresas e construtores buscam maneiras de tornar o Bitcoin mais do que uma reserva de valor estática.
O Bitcoin permanece volátil na abertura de Wall Street, com o nível de US$ 110 mil voltando a aparecer.
As condições de liquidez se intensificam em torno do preço, enquanto a média móvel de 21 semanas se torna um ponto importante a ser reconquistado.
O preço do ouro despenca após se aproximar novamente das máximas históricas.
Os compradores e vendedores de Bitcoin (BTC) disputaram o controle na abertura de Wall Street nesta terça-feira, enquanto o ouro sofreu uma forte queda.
Gráfico de uma hora do BTC/USD. Fonte: Cointelegraph/TradingView
Bitcoin reage após novo teste da lacuna dos futuros da CME
Depois de cair em direção à lacuna deixada no mercado de futuros de Bitcoin da CME Group, mas sem preenchê-la, o par BTC/USD inverteu o movimento e voltou a subir, ultrapassando a marca dos US$ 110 mil.
O par navegou entre diferentes condições de liquidez nos livros de ordens das exchanges, com ofertas de compra e venda aparecendo e desaparecendo à medida que grandes players tentavam influenciar o desempenho do preço.
Dados do portal CoinGlass mostraram um aumento geral da liquidez em torno do preço à vista.
Mapa de calor da liquidação do BTC (captura de tela). Fonte: CoinGlass
“Fazia tempo que as liquidações não pareciam assim, com as taxas de financiamento próximas de territórios negativos”, comentou o trader Luca em uma publicação no X.
O comentário fazia referência às taxas de financiamento nas exchanges de derivativos, indicando um sentimento mais cauteloso entre os traders e uma expectativa geral de novas quedas.
Tanto Luca quanto outros analistas observaram um possível “ímã” de preço em torno das ordens de venda acima de US$ 116 mil.
Gráfico semanal do BTC/USD. Fonte: Rekt Capital/X
O trader e analista Rekt Capital, por sua vez, destacou a média móvel exponencial (EMA) de 21 semanas como o principal nível de resistência que os touros precisam superar.
“O Bitcoin está encontrando resistência na EMA de 21 semanas (verde) neste momento, o que está empurrando o preço de volta para a zona histórica de demanda (laranja)”, escreveu ele junto a um gráfico.
“O Bitcoin precisa continuar sustentando essa área laranja como suporte, não apenas para manter um possível fundo mais alto em estágio inicial, mas também para se posicionar para retomar a EMA de 21 semanas depois.”
Ouro forma possível “topo duplo” após queda diária de 5%
A volatilidade não se restringiu ao mercado cripto no dia.
O ouro, que havia atingido máximas históricas nos últimos dias, agora enfrenta o risco de formar um padrão baixista de “topo duplo”, após registrar uma queda de mais de 5,5% em um único dia.
O estrategista sênior da Forex.com, James Stanley, foi um dos que previram um novo teste da faixa dos US$ 4.000 caso o padrão se confirme.
“Se a linha do pescoço for rompida e o preço seguir o movimento projetado, teremos um teste em US$ 4.000”, afirmou Stanley em sua análise no X, que incluiu níveis de retração de Fibonacci.
Gráfico de quatro horas do par XAU/USD. Fonte: James Stanley/X
O trader Crypto Tony sugeriu que o Bitcoin e as altcoins podem se beneficiar de uma pausa na forte tendência de alta do ouro.
“Ativos mais arriscados ganham mais peso em tempos de incerteza, e o OURO está no topo dessa cadeia”, escreveu ele no X, apontando o ouro como um dos motivos do desempenho fraco das criptomoedas.
“Quando ele recuar, espere um boom das criptos.”
Gráfico de quatro horas BTC/USD vs. XAU/USD. Fonte: Cointelegraph/TradingView
Este artigo não contém aconselhamento ou recomendações de investimento. Toda movimentação de investimento ou negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de tomar decisões.
Visa explora mercado de US$ 670 bilhões em empréstimos DeFi para modernizar seus modelos de concessão de crédito usando stablecoins.
A estratégia prevê integração com protocolos DeFi nativos para criar mercados de crédito globais automatizados 24/7.
A iniciativa representa um marco na convergência entre o sistema financeiro tradicional (TradFi) e a economia digital.
Depois de adotar as stablecoins como trilho de pagamentos, a gigante de pagamentos Visa mira o mercado de US$ 670 bilhões em empréstimos DeFi (finanças descentralizadas) para modernizar seus modelos de concessão de crédito.
Total de empréstimos de stablecoins originados nos últimos cinco anos. Fonte: Visa
O relatório “Stablecoins Beyond Payments: The Onchain Lending Opportunity” (Stablecoins além dos pagamentos: a oportunidade de empréstimos on-chain, em tradução livre) revela que a empresa que movimentou US$ 13,2 trilhões em pagamentos em 2024 pretende explorar o ecossistema de empréstimos colateralizados DeFi, ampliando os potenciais casos de uso das stablecoins em sua rede de 15.000 parceiros institucionais.
A Proposta de Valor das “Finanças On-Chain”
A nova estratégia da Visa baseia-se no conceito de “finanças on-chain” — mercados de crédito globais, automatizados, 24/7, financiados por stablecoins. Na prática, a Visa pretende integrar a dinâmica dos protocolos de empréstimos DeFi à sua infraestrutura de crédito.
Segundo o relatório, a Visa pretende estimular que instituições atuem como provedores de liquidez, depositando stablecoins em “pools de liquidez” automatizados por contratos inteligentes (smart contracts). Em contrapartida, os consumidores finais podem acessar esses fundos mediante o depósito de criptoativos como garantia.
Caberá à Visa gerenciar os dados, garantir a conformidade e fornecer a infraestrutura para o funcionamento do sistema. A gigante de pagamentos acredita que sua reputação tem potencial para atrair trilhões em capital institucional, inaugurando uma nova era global de acesso facilitado ao crédito.
Para a Visa, essa nova infraestrutura tem três vantagens em relação aos sistemas atuais. A primeira é a maior eficiência operacional. As “finanças on-chain” usam contratos inteligentes para automatizar a intermediação financeira — uma função que historicamente pertence a bancos e sistemas legados.
Essa automação injeta uma nova camada de eficiência no mercado de capitais, com os contratos ajustando as taxas de juros em tempo real com base na oferta e na demanda. Isso permite a redução das taxas quando a utilização é baixa e o aumento quando a liquidez se torna escassa.
A segunda vantagem são os benefícios diretos para os usuários. A infraestrutura on-chain cria mercados de crédito que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, de forma ininterrupta e sem fronteiras geográficas.
A precificação é totalmente transparente para todos os participantes da rede. Segundo a proposta da Visa, qualquer pessoa com acesso à internet pode integrar o ecossistema como credor ou tomador de empréstimo, sem a permissão de uma autoridade central.
Por fim, a transformação mais disruptiva, segundo a Visa, altera fundamentalmente a gestão de risco. O modelo de crédito tradicional depende de análises de crédito, reputação prévia e contratos para mitigar o risco de contraparte.
O modelo on-chain reduz o risco por meio de liquidações automatizadas. Embora o risco não seja eliminado, a solvência do tomador tem sua importância reduzida. A segurança é garantida pelo código do protocolo, por suas estruturas de governança e pela confiabilidade dos dados que alimentam os contratos.
Visa pretende integrar protocolos DeFi ao seu ecossistema de “finanças on-chain”
A estratégia da Visa prevê a integração com protocolos DeFi nativos para desenvolvimento desses novos serviços financeiros. Os estudos de caso apresentados no relatório da empresa ressaltam que os casos de uso de DeFi estão deixando de ser meramente especulativos para consolidarem-se como serviços financeiros de larga escala.
O relatório destaca que, atualmente, plataformas como a Morpho já atuam como infraestrutura de back-end para gigantes como Coinbase, Ledger e o banco Société Générale, agregando liquidez para otimizar os juros cobrados em operações de empréstimo.
A integração com a exchange de criptomoedas Coinbase, por exemplo, já viabilizou mais de US$ 1 bilhão em empréstimos denominados em USD Coin (USDC) com colateral em Bitcoin.
Empréstimos de USDC com garantias em cbBTC na Coinbase. Fonte: Visa
A infraestrutura dos protocolos DeFi também viabilizou o surgimento de novas aplicações voltadas para o uso empresarial. O relatório destaca que a Huma Finance oferece produtos financeiros como linhas de crédito rotativo e antecipação de recebíveis para acelerar pagamentos transfronteiriços.
Voltada para consumidores que desejam utilizar stablecoins para pagamentos sem precisar vender seus criptoativos, a EtherFi oferece serviços bancários utilizando um cartão de crédito Visa vinculado a carteiras autocustodiais.
Com um mecanismo sofisticado, o Cash da EtherFi garante acesso à liquidez por meio de empréstimos garantidos por criptoativos, explica o relatório.
A iniciativa da Visa evidencia a integração acelerada entre o sistema financeiro tradicional e a economia digital on-chain. Segundo o relatório, essa convergência tem sido impulsionada por dois fatores-chave.
O primeiro é a crescente adoção de stablecoins como infraestrutura financeira. O segundo são os avanços regulatórios, especialmente nos Estados Unidos, onde leis como o “GENIUS Act” criam segurança jurídica para que as instituições financeiras desenvolvam produtos on-chain visando usuários finais.
Conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil, o Cash da EtherFi integrou o Pix para permitir que usuários brasileiros façam pagamentos em reais com crédito lastreado em Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e stablecoins.
O Bitcoin manteve a negociação dentro de uma faixa acima de US$ 120.000 após um reajuste de 8% na alavancagem dos contratos futuros.
A demanda no mercado à vista e a queda nos juros em aberto indicam renovada confiança dos compradores.
O índice MVRV sinalizou um potencial de valorização entre 15% e 25%, com alvo entre US$ 140.000 e US$ 150.000 até o fim do quarto trimestre.
O Bitcoin (BTC) continuou sendo negociado entre US$ 120.000 e US$ 125.000 após uma forte, mas ordenada, desalavancagem nos mercados futuros, sugerindo que US$ 120.000 pode se consolidar como uma importante zona de demanda no curto prazo.
De acordo com o analista de mercado Skew, o recente recuperação do Bitcoin a partir do nível de US$ 120.000 destacou a presença de ordens de compra nessa faixa. Dados do mercado à vista da Binance mostraram um aumento no delta de volume cumulativo (CVD) em torno de US$ 120.000, refletindo renovado interesse de compra no mercado spot.
Análise de atividade spot e de futuros do Bitcoin por Skew. Fonte: X
Ao mesmo tempo, os mercados de futuros perpétuos registraram ordens de compra concentradas no mesmo nível, enquanto os juros em aberto diminuíram, indicando fechamento de posições vendidas à medida que o preço se recuperava.
Em conjunto, esses fatores sugerem que o mercado pode estar definindo uma nova “zona de valor” de curto prazo em torno de US$ 123.000 nos próximos dias, com oferta mais intensa acima dessa faixa.
As métricas on-chain reforçam essa tese de consolidação. O analista Maartunn observou que os detentores de curto prazo estão quase igualmente divididos entre realizar lucros e perdas, com 24.100 BTC enviados para exchanges com lucro e 19.700 BTC com prejuízo, uma divisão “quase 50/50, mas levemente positiva”.
Lucros e perdas de detentores de curto prazo enviados a exchanges. Fonte: Maartunn/X
Além disso, dados da Binance mostraram o ajuste de alavancagem que acompanhou a recente correção. O juros em aberto do Bitcoin na exchange caiu de US$ 15,07 bilhões em 6 de outubro para US$ 13,88 bilhões, uma queda de 7,9% em três dias.
Essa redução de alavancagem normalmente reflete uma realocação cautelosa, e não uma saída total do mercado, podendo abrir espaço para uma alta mais sustentável quando novo capital entrar.
Análise do MVRV aponta perspectiva positiva para o quarto trimestre
Embora a tendência de curto prazo indique consolidação, analistas seguem otimistas em relação à trajetória do Bitcoin até o final do ano. O estrategista de mercado Timo Oinonen destacou o índice MVRV (Valor de Mercado por Valor Realizado) como um indicador importante de possível valorização. O MVRV compara a capitalização de mercado atual do Bitcoin com sua capitalização realizada, medindo se o ativo está supervalorizado ou subvalorizado em relação ao custo médio dos detentores.
Segundo Oinonen, o MVRV atual do Bitcoin indica um cenário-base em que o preço pode subir entre 15% e 25%, alcançando entre US$ 140.000 e US$ 150.000 até o final do quarto trimestre, apoiado pela acumulação dos detentores de longo prazo e pela estabilidade dos custos de curto prazo.
Análise MVRV do Bitcoin por Timo Oinonen. Fonte: CryptoQuant
Em um cenário mais otimista, caso o MVRV ultrapasse 4,0 — semelhante ao ciclo de 2021, o BTC poderia atingir entre US$ 170.000 e US$ 200.000, impulsionado por um novo sentimento de euforia no mercado e por uma possível escassez de oferta pós-halving.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento ou negociação envolve risco, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de decidir.
Os ETFs de ETH ampliaram o acesso, mas os fluxos continuam cíclicos.
A estrutura do SOL já está pronta: os futuros da CME estão ativos e as opções estão previstas para 13 de outubro (aguardando aprovação).
Os novos padrões genéricos da SEC agora permitem listagens mais rápidas de ETPs de commodities spot além do BTC e do ETH.
Para que o SOL supere o ETH, será necessário manter criações consistentes, hedge eficiente, uso real on-chain e impulso contínuo dos desenvolvedores.
É verdade que o Ether (ETH) já saiu na frente na corrida pelos fundos negociados em bolsa (ETFs): os ETFs spot de Ether começaram a ser negociados em 23 de julho de 2024, atraindo cerca de US$ 107 milhões em fluxos líquidos no primeiro dia e abrindo um caminho de investimento acessível a investidores tradicionais por meio de corretoras e contas de aposentadoria.
No entanto, a infraestrutura de mercado da Solana (SOL) está se aproximando. A Bolsa Mercantil de Chicago (CME) lançou futuros de Solana em 17 de março de 2025, e as opções estão previstas para 13 de outubro.
Em setembro de 2025, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adotou “padrões genéricos de listagem” que simplificam o processo para as bolsas listarem produtos negociados em bolsa (ETPs) de commodities spot, o que pode abrir o caminho além do Bitcoin (BTC) e do Ether.
Fora dos EUA, o SOL já é negociado em instrumentos de investimento regulamentados por meio da 21Shares, na Europa, e da 3iQ, no Canadá.
Com esse acesso já estabelecido, a questão agora é se um ETF de SOL nos EUA pode gerar uma demanda duradoura que permita à Solana superar o Ether tanto em preço quanto em fundamentos.
Antes de abordar isso, é importante contextualizar.
O que os ETFs de ETH mudaram, e o que não mudaram
Os ETFs spot de Ether começaram a ser negociados nos Estados Unidos em 23 de julho de 2024. No primeiro dia, registraram cerca de US$ 1 bilhão em volume de negociação e aproximadamente US$ 107 milhões em fluxos líquidos, abrindo um canal de investimento tradicional para consultores de investimento registrados (RIAs) e instituições. No entanto, esse desempenho ainda ficou abaixo da estreia dos ETFs de Bitcoin em janeiro.
Desde então, os fluxos têm se mantido cíclicos. Até meados de 2025, o ETH passou por períodos de novas criações alternados com saídas líquidas. Entre o final de agosto e meados de setembro de 2025, relatórios mostraram novo fortalecimento, com várias semanas de entradas em produtos de Ether, elevando o total de ativos cripto sob gestão (AUM). Em resumo, os ETFs melhoraram o acesso, mas não eliminaram os ciclos de mercado.
Em alguns momentos de 2025, o Ether superou muitos criptoativos de grande capitalização, apoiado por uma demanda constante por ETFs e pela visível acumulação institucional e de tesourarias. Esse padrão sugere que, embora os ETFs não alterem os fundamentos centrais da rede, eles podem influenciar qual ativo lidera durante fases de rotação de capital.
Um aspecto de design ainda é relevante: os ETFs de ETH nos EUA foram lançados sem staking, o que limita seu potencial de rendimento em comparação com a posse direta de ETH nativo. A SEC está analisando ativamente propostas para permitir o staking, mas, até outubro de 2025, adiou decisões de vários emissores. Caso o staking seja permitido, mesmo que parcialmente, isso pode alterar a relação de custo-benefício entre deter ETFs e possuir o ativo diretamente.
Você sabia? As exchanges dos EUA publicam um valor patrimonial líquido indicativo (iNAV) aproximadamente a cada 15 segundos, permitindo que os traders vejam o preço de referência de um ETF ao longo do dia.
Solana hoje: uso, crescimento e riscos
No segundo trimestre de 2025, a Solana gerou mais de US$ 271 milhões em receita de rede, marcando seu terceiro trimestre consecutivo liderando todas as blockchains de camada 1 (L1) e camada 2 (L2). Em junho, os dados mostraram que a Solana igualou o número combinado de endereços ativos mensais de todas as outras L1s e L2s, um forte indicativo de alta intensidade de uso.
Em janeiro de 2025, a Solana processou US$ 59,2 bilhões em transferências de stablecoins ponto a ponto (P2P), uma recuperação acentuada em relação aos níveis baixos do final de 2024. A oferta de USDC na Solana está em aproximadamente US$ 9,35 bilhões, enquanto a oferta total de stablecoins na rede mais que dobrou no início de 2025, subindo de US$ 5,2 bilhões em janeiro para US$ 11,7 bilhões em fevereiro.
Mesmo assim, o Ethereum ainda movimentou a maior parte do valor transacionado por stablecoins no acumulado do ano, cerca de 60% até meados de 2025, mostrando que os ganhos da Solana são significativos, mas ainda não dominantes.
Custo e velocidade continuam sendo fatores centrais: taxas inferiores a um centavo, blocos a cada 400 milissegundos e alta capacidade de processamento transformaram a Solana em um polo de atividade de exchanges descentralizadas (DEX) e de contratos perpétuos, além de ser o epicentro do boom das memecoins em 2025. Esse volume reforça a liquidez, mas também concentra fluxos em segmentos especulativos.
Dois riscos estruturais merecem atenção:
Confiabilidade: uma paralisação de cinco horas em 6 de fevereiro de 2024 exigiu uma reinicialização coordenada e uma atualização de cliente (v1.17.20).
Regulação: queixas anteriores da SEC mencionaram a Solana como um valor mobiliário não registrado, uma caracterização contestada pela Solana Foundation. Os desdobramentos nesse campo continuam fortemente dependentes das decisões políticas.
Acesso e fluxos: A aprovação abriria o SOL para canais tradicionais de corretoras e contas de aposentadoria utilizadas por consultores de investimento registrados (RIAs). Isso reduziria a fricção operacional para alocadores e ampliaria a base de compradores além dos ambientes nativos de cripto.
Formação de mercado e hedge: Derivativos listados oferecem aos participantes autorizados (APs) e formadores de mercado ferramentas para fazer hedge de criações e resgates, além de executar operações de arbitragem ou de valor relativo. Esses mecanismos ajudam a manter os preços dos ETFs próximos ao seu valor patrimonial líquido (NAV) e sustentam a liquidez desde o primeiro dia.
Caminho regulatório: Os “padrões genéricos de listagem” da SEC ampliam o acesso além de BTC e ETH, desde que os patrocinadores cumpram as regras.
Sinais de demanda fora dos EUA: No Canadá, o 3iQ Solana Staking ETF (TSX: SOLQ), e na Europa, o 21Shares Solana Staking ETP (SIX: ASOL), já mostram que instrumentos de investimento regulamentados da Solana conseguem atrair interesse de investidores.
Você sabia? Na Europa, as criptomoedas não podem ser incluídas em ETFs do tipo UCITS (Fundos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários), por isso os emissores utilizam ETPs. É por isso que o termo “ETP” aparece nos tickers da SIX e da London Stock Exchange (LSE).
SOL realmente pode superar o ETH?
Cenário otimista (de seis a doze meses após a aprovação):
Um ETF spot de SOL lançado nos EUA, com forte criação líquida inicial, poderia superar o Ether em retorno total.
Dois fatores principais:
Acesso ampliado: RIAs e corretoras ganham exposição sob os novos padrões genéricos de listagem.
Melhoria na mecânica de mercado: Spreads mais ajustados e maior capacidade, à medida que os APs fazem hedge via futuros e opções de Solana listados na CME.
Cenário base:
Mesmo que o ETF de SOL tenha um início forte, os fluxos podem voltar a refletir o apetite geral por risco. O Ether mantém uma vantagem estrutural institucional, graças à sua trajetória mais longa, maior familiaridade entre alocadores e um ecossistema consolidado. As oscilações semanais nos fluxos de fundos de cripto mostram que o desempenho relativo tende a ser volátil, e não necessariamente favorável ao SOL.
Cenário pessimista:
Atrasos no cronograma ou dúvidas sobre elegibilidade dentro do arcabouço regulatório da SEC podem reduzir as expectativas. Além disso, a liquidez pode enfraquecer, e os APs podem operar com volumes menores, mesmo com derivativos disponíveis, limitando novas criações. Nesse cenário, a Solana ficaria atrás do Ether, que já se beneficia de uma distribuição mais madura.
Vale notar também que alguns reguladores expressaram preocupação com a redução da análise caso a caso sob os novos padrões genéricos de listagem, o que adiciona incerteza regulatória para ativos além do Bitcoin e do Ether.
O que observar
Se um ETF spot de SOL for aprovado nos EUA, a verdadeira história será o que acontecer depois.
Os principais sinais a acompanhar são simples: as criações e resgates mostram demanda consistente? O open interest e a atividade de opções da CME aumentam a liquidez? As métricas on-chain, como número de usuários ativos, receita com taxas, liquidação de stablecoins e crescimento de desenvolvedores, se mantêm além dos picos especulativos? Se esses indicadores avançarem juntos, as chances do SOL superar o ETH aumentam significativamente.
Um ETF da Solana removeria um grande gargalo de acesso e chegaria com uma infraestrutura de mercado mais robusta do que em ciclos anteriores. Ainda assim, o Ether já provou ser capaz de atrair bilhões por meio de ETFs, enquanto consolida sua posição como referência institucional.
O ETH continua sendo o ativo de referência, e seus fluxos embora cíclicos, demonstram sua força. Se a Solana realmente superar o Ether, isso dependerá menos do entusiasmo do mercado e mais de os fluxos dos ETFs se converterem em adoção on-chain sustentável.
Este artigo não contém aconselhamento ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento ou negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de investir.
O Bitcoin se aproxima de um fechamento mensal positivo, que historicamente tem sido seguido por fortes ralis de dois dígitos no 4º trimestre. US$ 170.000 é possível até o fim de 2025?
Baleias e grandes traders estão migrando milhões da HYPE para a ASTER.
Analistas veem a ASTER absorvendo grande parte da avaliação de mercado da HYPE nas próximas semanas.
Aster (ASTER), o token de exchange descentralizada (DEX) ligado ao fundador da Binance, Changpeng “CZ“ Zhao, pode ultrapassar sua rival Hyperliquid (HYPE) em valor de mercado e subir 480%, mostram várias análises.
Preço da ASTER pode crescer 480%, diz analista
O analista de mercado Marcell afirma que a ASTER pode absorver grande parte do valor de mercado da HYPE, apontando para uma avaliação comparativa direta.
No seu pico no início deste ano, a capitalização da HYPE ultrapassou US$ 18 bilhões, quase 4,8 vezes maior que os atuais US$ 3,74 bilhões da ASTER.
Fonte: Marcell/X
Se a ASTER simplesmente alcançasse essa mesma avaliação, o preço do token subiria dos cerca de US$ 2 atuais para aproximadamente US$ 9,69 no futuro.
Marcell observa que essa projeção parece cada vez mais realista, já que a ASTER já superou a HYPE em volumes diários de negociação e receita, e o mercado pode em breve reprecificá-la em direção às antigas máximas da HYPE.
Principais protocolos classificados por receita. Fonte: Defi Llama
Outro analista popular, Danny, que havia previsto a ASTER em US$ 2, agora afirma que ela pode ultrapassar o valor de mercado da HYPE já na próxima semana, alcançando uma avaliação entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões, mais que o dobro dos níveis atuais.
Ele destaca uma campanha de airdrop em andamento até 5 de outubro e um pequeno desbloqueio de 4% dos tokens em 17 de outubro, ambos esperados para impulsionar a atividade de farming, volumes de negociação e o momentum de alta.
Baleias compram ASTER e vendem HYPE
A forte convicção em torno da ASTER aparece em meio à crescente divergência de tendência com a HYPE.
Desde sua estreia em 17 de setembro, o preço da ASTER disparou mais de 7.950%, alcançando a 36ª maior criptomoeda por valor de mercado, em US$ 3,74 bilhões na quarta-feira.
Gráfico diário de preços do ASTER/USD. Fonte: TradingView
Em contraste, o preço da HYPE caiu mais de 16% no mesmo período.
Gráfico diário de preços do HYPE/USDT. Fonte: TradingView
A diferença crescente tem sido reforçada pela atividade das baleias. Na segunda-feira, uma carteira de baleia vendeu cerca de US$ 17 milhões em HYPE e direcionou quase US$ 9 milhões para ASTER, sinalizando uma rotação estratégica para a plataforma de DEX apoiada pela Binance.
Outros grandes investidores também entraram pesado na ASTER, com uma carteira comprando até US$ 50 milhões em um único dia nesta semana e outra adicionando US$ 14 milhões.
Outra “baleia misteriosa” comprou mais de US$ 75 milhões em tokens ASTER nos últimos dois dias, segundo dados da Lookonchain.
O movimento é uma aposta clara de que a ASTER pode continuar subindo nos próximos dias, sinalizando forte confiança entre grandes traders, o que pode atrair investidores de varejo a seguirem o fluxo.
Este artigo não contém recomendações ou aconselhamento de investimento. Toda decisão de investimento e negociação envolve riscos, e o leitor deve realizar sua própria pesquisa antes de tomar uma decisão.
A primeira sessão de negociação nos EUA após o Federal Reserve realizar seu primeiro corte de juros de 2025 levou tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq Composite a novos recordes.
Gráfico BTC/USD vs. S&P 500 de um dia. Fonte: Cointelegraph/TradingView
Em reação, o portal de trading The Kobeissi Letter observou que a tendência de alta dos ativos de risco deve continuar no próximo ano.
“2025 agora marca o 3º ano desde 1996 em que cortes de juros ocorreram com o S&P 500 em máximas históricas. Os 2 anos anteriores? 2019 e 2024”, destacou em parte de sua análise mais recente no X.
“Quando o Fed corta juros dentro de 2% das máximas históricas, o S&P 500 sobe em média +14% em 12 meses.”
Gráfico XAU/USD de uma hora. Fonte: Cointelegraph/TradingView
O ouro, por sua vez, registrou mais volatilidade após alcançar suas próprias máximas históricas no dia anterior, com US$ 3.700 em foco.
Enquanto isso, os touros do Bitcoin tentavam consolidar US$ 117.000 como suporte, enfrentando o último bloco de resistência antes da descoberta de preço.
$BTC – #Bitcoin is looking really interesting right now.
It’s trying to reclaim the ~$117K level.
Once we gain this level the way to $120K is open in my opinion.
However: Last time we rejected this level and came all the way back to the light blue zone. pic.twitter.com/zHxQzst0V4
Caleb Franzen, criador do portal de pesquisa financeira Cubic Analytics, destacou que o BTC/USD repete um padrão de alta visto em maio.
Naquela ocasião, assim como agora, o preço rompeu acima de sua média de preço ponderada por volume (VWAP) ancorada em sua máxima histórica.
“É quase como se coisas boas tivessem acontecido desde que o Bitcoin rompeu acima de sua VWAP ancorada nas máximas históricas”, resumiu no X junto a um gráfico explicativo.
Gráfico BTC/USD de um dia com dados VWAP. Fonte: Caleb Franzen/X
Alerta sobre “exit pump” no preço do BTC
Um alerta veio da análise do livro de ordens das exchanges.
O portal Material Indicators esteve entre os que alertaram que a liquidez estava se acumulando em torno do preço, potencialmente abrindo espaço para movimentos voláteis.
“Embora eu sinta que o macro esteja solidamente de alta e o topo ainda não tenha chegado, no momento isso parece mais um exit pump de curto prazo do que acumulação. O tempo dirá”, dizia parte do comentário.
Mais cedo, o Cointelegraph havia reportado sobre o aumento da liquidez no livro de ordens, com US$ 116.500 e US$ 119.000 como níveis a serem observados.
Dados de liquidez do livro de ordens BTC/USDT com atividade de baleias. Fonte: Material Indicators/X
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e movimento de negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas ao tomar uma decisão.
O valor total bloqueado (TVL) da Solana subiu para uma máxima histórica acima de US$ 12 bilhões.
O volume diário de negociação de memecoins da Solana saltou 73% nas últimas 24 horas.
Um padrão de recuperação em “V” projeta o preço do SOL rumo a US$ 300.
O token nativo da Solana (SOL) disparou 70% entre 22 de junho e 29 de agosto, acompanhando o rali mais amplo das altcoins que levou o Ether a novas máximas históricas acima de US$ 4.950. No entanto, o preço do SOL não conseguiu romper acima de US$ 220, caindo para abaixo de US$ 200 em 1º de setembro.
Desde então, recuperou 12% dessas mínimas locais, com dados on-chain e técnicos sugerindo mais ganhos. Será que o SOL pode seguir o Ether (ETH) e alcançar novas máximas históricas acima de US$ 300 nas próximas semanas?
TVL da Solana atinge recorde de US$ 12 bilhões
O valor total bloqueado (TVL) na blockchain Solana aumentou mais de 57%, passando de US$ 7,8 bilhões em 23 de junho para US$ 12,27 bilhões na terça-feira.
Nos últimos 30 dias, o TVL da Solana cresceu quase 31%.
TVL da Solana. Fonte: DefiLlama
Segundo dados da DefiLlama, esse aumento foi liderado pelo Raydium, que registrou alta de 32% em um mês. Outras dApps importantes, como Jupiter DEX, Jito (staking líquido) e o protocolo Sanctum, registraram ganhos de 24%, 18% e 20%, respectivamente.
Embora o SOL seja a sexta maior criptomoeda por valor de mercado, a Solana lidera outras blockchains de camada 1 em TVL, embora ainda distante da líder Ethereum.
Blockchain classificada por TVL, em USD. Fonte: DefiLlama
No entanto, o TVL de 12,2 mil milhões de dólares da Solana supera o do ecossistema da camada 2 do Ethereum, que inclui Base, Arbitrum e Optimism. No geral, quando o TVL de uma plataforma DeFi aumenta, aumenta a liquidez, a popularidade e a usabilidade, o que pode ter um impacto positivo nos preços.
Valor de mercado das memecoins da Solana sobe 70%
A alta no TVL da Solana reflete um crescimento paralelo na capitalização de mercado das memecoins, que se recuperaram de forma generalizada.
A maioria das memecoins baseadas na Solana registrou ganhos de dois dígitos no período semanal, conforme mostrado na figura abaixo. A maior parte desses tokens subiu entre 15% e 30% em relação às mínimas locais.
Desempenho das memecoins baseadas na Solana. Fonte: CoinGecko
Como resultado, a capitalização de mercado coletiva das memecoins da Solana aumentou para US$ 12,4 bilhões na terça-feira, partindo de US$ 7,3 bilhões em 22 de junho, uma alta de 70% em menos de três meses.
Essa alta nos preços das memecoins da Solana foi acompanhada por um aumento da atividade em DEXs na blockchain de camada 1. O volume de DEXs na Solana atribuído às memecoins saltou mais de 73% nas últimas 24 horas, chegando a US$ 817,3 milhões na terça-feira, segundo dados da Blockworks Research.
O aumento da atividade de memecoins na Solana indica alta atividade na rede e maior uso, impactando positivamente a demanda e o preço do SOL.
Recuperação em “V” do SOL mira novas máximas históricas
A ação do preço do SOL vem desenhando um padrão em “V” no gráfico semanal desde janeiro, conforme mostrado abaixo.
Uma recuperação em “V” é um padrão de alta formado quando um ativo apresenta uma forte valorização após uma queda acentuada. Ele se completa quando o preço avança até a resistência no topo da formação em V, também conhecida como linha de pescoço.
O SOL parece estar em trajetória semelhante e agora é negociado abaixo de uma zona de oferta e demanda entre US$ 200 e US$ 240. Um rompimento dessa faixa aumentaria as chances do preço subir até a linha de pescoço em US$ 252 para completar o padrão em V.
Além disso, o próximo alvo seria a máxima histórica acima de US$ 295, representando uma alta de 36% em relação ao preço atual.
O índice de força relativa (RSI) subiu para 62 no momento da redação, contra 42 em meados de junho, sugerindo que o momentum de alta está ganhando força.
Há uma confiança crescente entre analistas de mercado na capacidade do SOL de alcançar novas máximas históricas. O analista Jussy afirmou que, uma vez rompida a resistência em US$ 220, o preço pode subir para US$ 270.
Ainda há “mais espaço para alta até o primeiro alvo de US$ 250” para o SOL, disse o também analista Kepin em uma publicação no X na terça-feira, acrescentando:
“O próximo preço-alvo será de US$ 290 a US$ 300, e o alvo final de alta é US$ 350.”
Conforme noticiado pelo Cointelegraph, as análises técnicas sugerem que o preço do SOL pode atingir US$ 1.000 neste ciclo, impulsionado pela aprovação de ETFs de Solana spot nos Estados Unidos e pela adoção institucional por meio das tesourarias em SOL.
Este artigo não contém aconselhamento ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento ou negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.
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