ETPs de criptomoedas registram a 4ª semana consecutiva de saídas e totalizam US$ 876 milhões, segundo a CoinShares


Os produtos negociados em bolsa de criptomoedas (ETPs) registraram a quarta semana consecutiva de saídas, com perdas de US$ 876 milhões na última semana de negociação.

Após registrar saídas recordes de US$ 2,9 bilhões na semana passada, os ETPs de cripto continuaram sua tendência de queda, trazendo o total de saídas das últimas quatro semanas para US$ 4,75 bilhões, conforme relatado pela CoinShares em 10 de março.

Embora o ritmo de saídas tenha diminuído, o sentimento dos investidores permaneceu de baixa, segundo James Butterfill, chefe de pesquisa na CoinShares.

O analista também sugeriu que o mercado mostrou sinais de capitulação.

As vendas de ETPs de Bitcoin representaram 86% do total de saídas

Os ETPs de Bitcoin (BTC) foram os principais impulsionadores das saídas, contabilizando US$ 756 milhões, ou 85% do total da última semana. Os ETPs de Short-Bitcoin também registraram saídas de US$ 19,8 milhões, o maior valor desde dezembro de 2024.

Com saídas acumuladas alcançando US$ 4,75 bilhões nas últimas quatro semanas, os fluxos de entrada do ano até a data caíram para US$ 2,6 bilhões.

Fluxos semanais de ETP de criptomoedas desde o final de 2024. Fonte: CoinShares

Os ativos totais sob gestão (AUM) diminuíram US$ 39 bilhões para US$ 142 bilhões, o ponto mais baixo desde meados de novembro de 2024, impulsionados tanto por movimentos negativos de preço quanto por saídas contínuas, observou Butterfill.

A maioria das altcoins compartilhou o sentimento de queda

Esse sentimento de baixa também foi observado entre uma ampla gama de altcoins na última semana, com ETPs de Ether (ETH) registrando US$ 89 milhões em saídas.

Tron (TRX) e Aave (AAVE) também estavam entre os ETPs que mais perderam, com saídas de US$ 32 milhões e US$ 2,4 milhões, respectivamente, segundo o relatório.

Investments, CoinShares, Ethereum ETF, Bitcoin ETF

Fluxos por ativo (em milhões de dólares americanos). Fonte: CoinShares

Por outro lado, Solana (SOL), XRP (XRP) e Sui (SUI) continuaram a ver entradas totalizando US$ 16,4 milhões, US$ 5,6 milhões e US$ 2,7 milhões, respectivamente, escreveu Butterfill.

Fidelity registra as maiores saídas entre os provedores de ETP

Entre os emissores de ETPs de cripto, a Fidelity Investments registrou as maiores saídas na última semana, totalizando US$ 201 milhões, elevando suas saídas do ano até a data para US$ 159 milhões.

Os fundos negociados em bolsa (ETF) da BlackRock’s iShares foram os segundos maiores perdedores, com saídas semanais de US$ 193 milhões.

Apesar de ter visto vendas significativas nas últimas semanas, a BlackRock ainda é a maior detentora de cripto entre os demais emissores, com US$ 52,8 bilhões em AuM e US$ 3 bilhões em saídas no ano até a data.

Fluxos por emissor (em milhões de dólares americanos). Fonte: CoinShares

Outras perdas significativas nos Estados Unidos foram observadas pela ARK Invest e 21Shares, que registraram saídas de US$ 164 milhões, com fluxos acumulados no ano ainda positivos em US$ 110 milhões.

Os ETFs da ProShares estavam novamente entre os poucos ETFs de cripto dos EUA que não registraram saídas, com entradas de US$ 15 milhões.

Fonte das informações: Cointelegraph

Acordo do FMI para proibir a ‘acumulação de Bitcoin’ no setor público em El Salvador


O Fundo Monetário Internacional (FMI) está buscando restringir as compras de Bitcoin por El Salvador como parte de um acordo de financiamento estendido de US$ 1,4 bilhão com o país.

Em 3 de março, o FMI emitiu um novo pedido de arranjo estendido sob sua linha de crédito para El Salvador, incluindo vários novos documentos, como uma atualização da declaração da equipe e um comunicado do diretor executivo do FMI para o país.

O memorando técnico de entendimento indicou uma condição de “nenhuma acumulação voluntária de BTC pelo setor público em El Salvador”.

Além disso, o memorando solicitou a restrição da emissão, pelo setor público, de “qualquer tipo de dívida ou instrumento tokenizado que seja indexado ou denominado em Bitcoin e que implique uma responsabilidade para o setor público”.

Trecho do memorando técnico de entendimento do FMI com El Salvador. Fonte: FMI

Méndez Bertolo, do FMI: “Os riscos relacionados ao Bitcoin estão sendo mitigados”

Em um comunicado de 26 de fevereiro, Méndez Bertolo, diretor executivo do FMI para El Salvador, enfatizou que o financiamento estendido visa fornecer “melhorias na governança, transparência e resiliência para impulsionar a confiança e o potencial de crescimento do país”.

“Enquanto isso, os riscos relacionados ao Bitcoin estão sendo mitigados”, afirmou Bertolo, acrescentando:

“As autoridades promulgaram emendas à Lei do Bitcoin que esclarecem a natureza legal do Bitcoin e removem da lei as características essenciais de moeda de curso legal. A aceitação do Bitcoin será voluntária, os pagamentos de impostos serão feitos em dólares americanos e o papel do setor público no projeto Bitcoin será confinado.”

Bertolo mencionou que o programa do FMI deve atrair “apoio financeiro adicional substancial” do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento e de outros bancos regionais de desenvolvimento.

FMI limita ainda mais compras de Bitcoin pelo setor público

As novas condições do empréstimo do FMI reforçaram compromissos anteriores do governo salvadorenho para limitar seu envolvimento em atividades econômicas relacionadas ao Bitcoin.

O comunicado afirmou que o acordo visa abordar os riscos potenciais do projeto Bitcoin de El Salvador em conformidade com as “políticas do fundo e com a orientação do fundo às autoridades”.

Acrescentou: “Daqui para frente, os compromissos do programa limitarão o envolvimento do governo em atividades econômicas relacionadas ao Bitcoin, bem como as transações e compras de Bitcoin pelo governo”.

O FMI disse que El Salvador aprimorará a regulamentação e supervisão de ativos digitais “em conformidade com as melhores práticas internacionais em evolução”.

Isso marca mais um passo nos esforços contínuos do FMI para conter a adoção do Bitcoin em El Salvador. O país inicialmente garantiu o financiamento de US$ 1,4 bilhão em dezembro de 2024 em troca da redução de suas iniciativas relacionadas ao Bitcoin.

Em meados de fevereiro, Samson Mow — CEO da Jan3 e defensor da adoção do Bitcoin por nações soberanas — destacou a linguagem vaga do FMI sobre se permitiria que El Salvador continuasse acumulando Bitcoin.

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Fonte: Escritório Nacional do Bitcoin (ONBTC) de El Salvador, sob a presidência de Nayib Bukele

Apesar da posição do FMI, o presidente salvadorenho Nayib Bukele continuou adquirindo Bitcoin. Em 3 de março, Bukele anunciou uma nova compra, elevando as reservas do país para 6.100 BTC.

O Cointelegraph entrou em contato com o FMI para comentar sobre sua última declaração sobre o acordo com El Salvador, mas não recebeu uma resposta até o momento da publicação.

Fonte das informações: Cointelegraph

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